Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas – 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas – adultos e crianças – ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas. Diante deste cenário, a obesidade vem sendo considerada um dos maiores problemas atuais na saúde pública.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2011), a obesidade e o sobrepeso se caracterizam por um excesso de acúmulo de gorduras que geram prejuízo à saúde. Ela é provocada por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrinometabólicos.

A obesidade foi classificada como doença a partir de 2013 pela American Medical Association. Desde então, muitos estudos e pesquisas sobre obesidade e comportamento alimentar influenciaram outras entidades, incluindo a OMS, reconheceram a condição do excesso de peso como um problema crônico e complexo, com graves e preocupantes proporções mundiais, e que necessita de tratamento específico e de longo prazo.

 A obesidade deve ser mais estudada porque é fator de risco para a saúde física e psíquica, sendo necessário dar especial atenção a crianças e adolescentes, como forma de evitar problemas futuros, visto que o corpo é objeto de várias formas de linguagens e padrões culturais. 

Além das consequências clínicas da obesidade, problemas psicológicos e sociais também se correlacionam ao quadro, e se somam, ainda, à discriminação e preconceito. O estigma e o preconceito não contribuem para o tratamento e a redução dos índices de obesidade, e trazem diversas implicações negativas, como maior vulnerabilidade à depressão, baixa autoestima, ansiedade, compulsão alimentar e maior risco de suicídio.

Somando-se as questões de ordem comportamental e emocional da obesidade, encontramos profissionais com dificuldades de identificar pacientes com transtornos alimentares. Eles são problemas de saúde mental graves e complexos, com intervenções multidisciplinares no tratamento. 

O aumento pela procura para tratamento nos consultórios de diversos profissionais das mais diversas áreas da saúde aponta a urgência de capacitações com excelência nesta área.

Além dos fatores genéticos associados ao início e manutenção da obesidade e dos transtornos alimentares, os fatores psicológicos e socioculturais são relevantes para gerar um ambiente facilitador para esses quadros.

A compreensão do funcionamento cognitivo, do impacto psicológico e das alterações emocionais envolvidas neste processo são fundamentais no atendimento destes pacientes, garantindo assim uma maior e mais eficaz prevenção e intervenção no tratamentos desses problemas.

A Terapia Cognitiva está sendo utilizada como forma de intervir no processo de emagrecimento e mudança no comportamento alimentar. Seu principal objetivo é ajudar o paciente a desenvolver estratégias e habilidades para que ele consiga não só perder peso, mas também manter os resultados que foram alcançados.